12/06/2023
06:13:16 AM
Dados divulgados pelo IBGE superam as expectativas do mercado, que previa uma queda de 0,3%; projeção para o crescimento em 2023 é de 2,84%
Apesar do terceiro trimestre registrar sinais positivos no mercado de trabalho, o ciclo de cortes da taxa básica (Selic) iniciado em agosto pelo Banco Central pode demorar a refletir na atividade econômica. A projeção para o crescimento do PIB em 2023 é de 2,84%, enquanto para 2024 é de 1,5%, segundo o boletim Focus divulgado antes dos dados do terceiro trimestre. Em termos anuais, o PIB brasileiro apresenta uma alta acumulada de 3,1% nos últimos quatro trimestres e um ganho de 3,2% nos nove meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. A agropecuária teve um recuo de 3,3% no terceiro trimestre, mas mantém uma alta de 8,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Os serviços, setor mais importante da economia, subiram 0,6% no trimestre e 1,8% em relação ao mesmo período de 2022. O PIB totalizou R$ 2,741 trilhões, sendo R$ 2,387 trilhões de Valor Adicionado e R$ 353,8 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
O crescimento acumulado do PIB nos últimos quatro trimestres foi impulsionado pela Agropecuária (14,4%), enquanto a Indústria cresceu 2,0% e os Serviços avançaram 2,8%. A Despesa de Consumo das Famílias teve um aumento de 3,7%, a Despesa de Consumo do Governo cresceu 1,0%, e a Formação Bruta de Capital Fixo recuou 1,1%. No setor externo, as Exportações subiram 10,3%, enquanto as Importações variaram -0,1%. A revisão das séries trimestrais considerou os novos pesos das contas nacionais anuais de 2021, incorporando atualizações nas séries de dados e aperfeiçoamentos metodológicos nos resultados trimestrais de 2022 e nos dois primeiros trimestres de 2023.
“Com essa revisão, o resultado anual de 2022 variou +0,1%, explicado principalmente pela mudança de pesos do Sistema de Contas Nacionais. Já as revisões do primeiro e segundo trimestres de 2023 foram mais relacionadas à agropecuária, porque agora incorporamos as estimativas de novembro do LSPA, com o ano já terminando”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. “Olhando por dentro do setor de serviços, os maiores destaques são as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número dos domicílios.”
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